Blog Unimed Uberlândia

Conteúdos de saúde e bem-estar para você

Conscientização

Saúde ocular: como o uso excessivo de telas eletrônicas pode afetar os olhos?

Com o crescente uso de dispositivos eletrônicos, sobretudo entre crianças, especialistas em saúde têm levantado preocupações significativas. Tanto sobre os impactos negativos do tempo excessivo do uso de telas na saúde ocular, como no desenvolvimento cerebral infantil. 

Inclusive, oftalmologistas apontam que o uso desmedido de smartphones, tablets e computadores pode trazer sérias consequências para a saúde visual de adultos e de crianças.

Pensando nisso, abaixo conversamos com o oftalmologista Ruy Felippe Missaka, médico da Unimed Uberlândia para explicar quais são os riscos do uso excessivo de telas. Confira!

Como o uso de telas pode afetar a saúde de crianças e adultos?

De acordo com o oftalmologista Ruy Felippe Missaka, os efeitos do uso excessivo de telas de dispositivos eletrônicos podem ser observados na crescente miopização da população, com desenvolvimento e progressão acelerada da miopia; e o cansaço ocular. 

“O hábito de olhar para uma tela por longos períodos leva a sintomas como olhos secos, visão embaçada, dores de cabeça e dor nos olhos”, afirma. “Em adultos, pode ocorrer um conjunto de problemas oculares e visuais relacionados ao uso prolongado de computadores e outros dispositivos eletrônicos, que incluem olhos secos, dor de cabeça, visão embaçada, dor nos olhos e no pescoço, dificuldades em focar a visão em diferentes distâncias (espasmo de acomodação) e piora na qualidade do sono”, revela.

O especialista também explica que a luz azul pode ser nociva à saúde dos olhos. “Alguns experimentos mostraram que a exposição à luz azul proveniente de lâmpadas de LED causou danos nas células fotorreceptoras da retina. Há também evidências de que a exposição crônica a essa luz azul pode aumentar o risco de desenvolvimento de degeneração macular, doença ocular que afeta a mácula, área central e vital da retina”. 

Além disso, a exposição à luz azul artificial, principalmente à noite, pode ainda suprimir a produção de melatonina, o hormônio que regula o sono, interferindo na qualidade do sono.

Como o uso excessivo de telas pode prejudicar as crianças?

Por serem nativos digitais, as crianças, que já nasceram no mundo cheio de telas, podem desenvolver problemas oculares e impactos negativos no desenvolvimento do cérebro.

Por isso, o médico alerta para a importância de substituir as telas por atividades essenciais no desenvolvimento da criança, como brincadeiras e conversas presenciais. 

“As redes sociais e os aplicativos de celular estimulam a liberação de dopamina, um neurotransmissor, criando uma busca constante por recompensa e gratificação. A criança e o adolescente recebem cargas excessivas de estímulos com o uso de aparelhos eletrônicos, que dificilmente conseguem ser substituídos por outras atividades. Isso gera um ciclo de frustração e ansiedade, irritabilidade, depressão e déficit de atenção na ausência de novos estímulos”, conclui.

Ou seja, é necessário ter um equilíbrio entre telas e mundo real.

Orientações para os Pais

Para mitigar os efeitos negativos do uso excessivo de telas, os pais podem adotar diversas estratégias. Já que eles desempenham um papel crucial em ajudar as crianças a desenvolver hábitos saudáveis, garantindo que o tempo de tela seja equilibrado e produtivo. 

Assim, ao seguir essas recomendações, é possível minimizar os riscos associados ao uso excessivo de telas e promover um desenvolvimento infantil mais saudável e equilibrado.

Nesse sentido, estabeleça:

  • Limites de Tempo: definir horários específicos para o uso de dispositivos eletrônicos e assegurar que as crianças também tenham tempo suficiente para atividades físicas, leitura e interação social.
  • Comportamentos Saudáveis: ser um exemplo ao limitar seu próprio tempo de tela e envolver-se em atividades alternativas junto com as crianças.
  • Zonas Livres de Telas: designar áreas da casa, como quartos e salas de jantar, onde o uso de dispositivos eletrônicos é proibido.
  • Atividades Físicas e Criativas: incentivar a participação em esportes, hobbies e brincadeiras ao ar livre para equilibrar o tempo de tela.
  • Monitoramento de Conteúdo e Interações: acompanhar o que as crianças estão assistindo e com quem estão interagindo online para garantir um ambiente seguro e apropriado.
  • Pausas Regulares: encorajar as crianças a seguir a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, fazer uma pausa de 20 segundos e olhar para algo a 20 pés (cerca de 6 metros) de distância.

Portanto, buscar novas formas de entretenimento fora das telas é essencial para o desenvolvimento saudável e completo de crianças e adultos. 

Confira aqui, mais dicas de como cuidar do seu bem-estar e saúde em geral! 

Leia também

Cuidar de você, #cuidaréparaavidatoda

Assine a nossa newsletter para receber
materiais exclusivos e gratuitos Unimed!